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Portal Edicase
Publicado em 9 de junho de 2025 às 18:13
Originário da América Central, o chuchu ( Sechium edule ) tem textura suave, sabor neutro, altíssimo teor de água — com apenas 19 calorias a cada 100 gramas — e é presença constante na mesa do brasileiro, figurando entre as dez hortaliças mais consumidas do país, segundo dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). >
Embora sua aparência discreta e gosto delicado façam dele um coadjuvante em muitos pratos, o chuchu pode ser um verdadeiro aliado na promoção da saúde. A seguir, veja 7 benefícios desse vegetal e como incluí-lo na dieta! >
O chuchu possui ação antioxidante potente, especialmente útil em pessoas com síndrome metabólica — condição que acelera o envelhecimento das células. Um estudo clínico publicado na Redox Report , intitulado “The consumption of Sechium edule (chayote) has antioxidant effect and prevents telomere attrition in older adults with metabolic syndrome” , acompanhou 48 idosos durante seis meses e revelou que o consumo diário de 1,5 g de chuchu reduziu marcadores de estresse oxidativo, aumentou a resposta anti-inflamatória e preservou o comprimento dos telômeros, estruturas que protegem o material genético. >
Composto por mais de 90% de água, o chuchu atua como um alimento funcional quando o assunto é hidratação. Ele ajuda a manter o equilíbrio hídrico do organismo e, além disso, seu teor hídrico elevado favorece o funcionamento adequado dos rins e da pele, auxiliando na eliminação de toxinas. >
O chuchu hidrata de forma natural, sem impactar negativamente o metabolismo. Por isso, é uma excelente escolha para ser incluído em sopas leves, saladas frescas ou refogados, reforçando o consumo de água por meio dos alimentos. >
O chuchu é uma boa fonte de fibras solúveis e insolúveis — componentes indispensáveis para a saúde intestinal. Segundo a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA), da Universidade de São Paulo (USP) e da Food Research Center (FoRC), 100 g do vegetal cozido oferece cerca de 1,39 g de fibras. >
Seu consumo regular estimula o trânsito intestinal, combate o intestino preso e favorece o crescimento da microbiota intestinal benéfica, contribuindo para uma digestão mais eficiente e para a absorção equilibrada de nutrientes. >
Além disso, as fibras presentes no chuchu aumentam a sensação de saciedade, o que pode ajudar a controlar a fome ao longo do dia, especialmente em dietas de emagrecimento. Elas também atuam na redução da absorção de gorduras e açúcares no intestino, ajudando a controlar os níveis de colesterol e glicemia. >
Na medicina popular, o chá de chuchu é frequentemente usado com o intuito de ajudar no controle da pressão arterial e na eliminação de líquidos. Para investigar esse uso tradicional, um estudo clínico publicado na Revista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre , intitulado “O efeito do chá de chuchu (Sechium edule) sobre a pressão arterial e outros parâmetros em voluntários jovens normotensos” , avaliou 21 adultos saudáveis em um ensaio duplo-cego, cruzado e randomizado. >
Os voluntários ingeriram o chá de chuchu, um placebo ou nenhuma intervenção, em diferentes momentos. Embora o estudo não tenha identificado efeito direto sobre a pressão arterial, observou-se um aumento significativo no volume urinário após a ingestão do chá, sugerindo uma ação diurética leve, o que pode ser útil para auxiliar na retenção de líquidos . >
Durante a gravidez, o ácido fólico é um nutriente essencial para a formação do tubo neural do feto, estrutura que dará origem ao cérebro e à medula espinhal. A deficiência desse composto está associada a malformações graves, como a espinha bífida. O chuchu, por sua vez, é uma fonte natural de folato, a forma natural do ácido fólico encontrada nos alimentos. >
Por ser um vegetal de fácil digestão, baixo teor calórico e rico em água, o chuchu pode ser incluído na alimentação de gestantes de forma versátil — em sopas, cozidos ou purês. Seu consumo regular contribui com a ingestão diária recomendada de folato, atuando na prevenção de defeitos congênitos e no e ao desenvolvimento saudável do sistema nervoso do bebê. Contudo, antes de incluir qualquer alimento com finalidade funcional na gestação, é fundamental contar com a orientação de um profissional de saúde. >
A exposição excessiva ao sol , especialmente aos raios UVA, acelera o envelhecimento da pele e pode provocar mutações no DNA que levam ao câncer. Um estudo publicado na revista Photochemistry and Photobiology , intitulado “Long-term Genoprotection Effect of Sechium edule Fruit Extract Against UVA Irradiation in Keratinocytes” , avaliou os efeitos do extrato do chuchu sobre células da pele humana expostas à radiação ultravioleta. >
Conduzido com queratinócitos humanos cultivados em laboratório, o estudo demonstrou que o chuchu reduziu os danos oxidativos no DNA, aumentou a capacidade de reparo celular e diminuiu a formação de lesões causadas pelos raios UVA. Esses resultados indicam que o extrato do chuchu tem potencial fotoprotetor para ser incorporado a fórmulas dermocosméticas, por exemplo, atuando como um agente natural de defesa contra os efeitos nocivos da radiação solar. >
Com apenas 19 calorias a cada 100 gramas, o chuchu é um alimento de baixíssimo valor calórico e altíssimo volume. Essa combinação o torna ideal para dietas de emagrecimento , já que permite aumentar o volume do prato sem elevar o total de calorias ingeridas. >
Além disso, o chuchu é rico em fibras, que promovem saciedade, retardam o esvaziamento gástrico e ajudam a controlar os picos de fome entre as refeições. >
Além de ível e fácil de preparar, o chuchu é extremamente versátil na culinária. Por ter sabor neutro, ele se adapta bem tanto a pratos salgados quanto a opções leves e funcionais. A seguir, veja algumas formas práticas de aproveitar seus benefícios no dia a dia: >